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2 de setembro de 2010

O Embaixador da Poesia

O Embaixador da Poesia

O nosso “poetinha” Vinícius de Moraes recebeu  em Brasília o título de embaixador.




Acho desnecessário dizer quem foi Vinícius de Moraes, mas pensando bem muitos jovens que hoje adeptos aos enlatados talvez não saibam, então vou primar pelo excesso, porque a falta já é notória. Mas antes, comentarei o fato ocorrido na noite de segunda dia 16 de agosto em Brasília. O nosso “poetinha” como era carinhosamente chamado pelos amigos recebeu em uma homenagem póstuma a promoção ao cargo de embaixador, ao qual estavam presentes parentes e amigos do poeta. Vinícius foi diplomata, e por 26 anos prestou serviços para o MRE Ministério das Relaçòes Exteriores e foi aposentado compulsoriamente por meio do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), sob alegação de que seu comportamento boémio nào condizia com sua vida pública.O fato o magoou profundamente.O ano era 1968 e no dia em que o ato era editado, Vinicius encontrava-se em Portugal na companhia de Chico Buarque e Nara Leão onde realizavam um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poetinha preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar “Poética I” (“De manhã escureço/De dia tardo/De tarde anoiteço/De noite ardo”). Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius pudesse passar sobre ela , ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional de homenagem acadêmica. E agora o Itamaraty, e o governo corrigem o erro com a promoçào de Vinícius, com uma noite regada ao ritmo de bossa nova. Vinicius de Moraes foi cantado por Miúcha, pela filha Georgiana, e pela neta Mariana. Houve música, fotos e um recital de poesia, uma linda e justa homenagem ao diplomata que serviu em Montevidéu, Roma, Paris, Los Angeles e que fazia versos até quando exercia suas funções no Itamaraty. Após 30 anos de sua morte, veio à promoção a embaixador. Para o governo, é uma reparação a erros do passado. A reintegração de Vinícius de Moraes à diplomacia coincide com o aniversário de 30 anos de sua morte. Mas a meu ver para nós amantes de sua obra, e do seu riquíssimo legado “Marcos Vinicius da Cruz de Mello Moraes”, nascido em 1913 no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e de Lídia Cruz, pianista amadora, Vinícius de Moraes o nosso poetinha sempre foi um embaixador, mas da poesia, da música, da nossa cultura, embaixador das mais belas cançòes que até hoje sào reverenciadas por diversas vozes.Se estivesse vivo, Vinicius de Moraes talvez ficasse emocionado com tal reparaçào, mas por seu desprendimento e sabedoria ele preferia mesmo era ser embaixador das artes, da poesia, dos versos e prosas, da música... Ah, se todos fossem iguais a voce que maravilha viver!!!



Um comentário:

roberto silva disse...

Olá Mari! sabia que Vinicius tinha sido diplomata, mas não sabia que estava no "limbo diplomatico..." Esta situação era muito comum nos paises da então "Cortina de Ferro", o antigo bloco socialista. Vinicius de Cruz Mello Moraes é um icone da cultura brasileira sem margens de dúvida devido a sua enorme contribuição para o nosso pais... bacionesss. Beto