Araraquara,Setembro de 2008.
Nossa que máximo! Foi exatamente o que pensei ao ler o e-mail que recebi com a programação do SESC do mês de setembro. O show dos Paralamas em Araraquara na sexta dia 5 foi o meu primeiro compromisso agendado com uma alegria, um frisson e uma emoção bárbara. Pensei, nossa fazer a cobertura do show para o jornal e poder fotografar os “meninos” dos Paralamas era um presente para comemorar o meu trabalho de seis meses de colunista da Tribuna Impressa. Já fui a vários shows aqui e fora, mas nunca tive a oportunidade de vê-los e não vou dizer que durante os meses passados como colunista nada me causou emoção, claro que sim. Entre eles: Gilberto Gil, Danilo Caymmi, Luis Melodia... Quando recebi o convite para este novo trabalho, adorei, pois como artista plástica um dos objetivos na coluna era ter a possibilidade de focar todas as linguagens culturais e prestigiar os artistas locais e todos aqueles que estivessem na cidade com espetáculos, shows e tudo mais... E a minha proposta foi aceita pelo jornal então comecei mais um desafio. Mas nada até agora tinha me proporcionado tanta emoção... Barone, Bi Ribeiro e Herbert Vianna... Ah! O fofo do Herbert! Nossa! A minha geração acompanhou tudinhoooo sou de 62. Cantou, chorou, vibrou e tudo isso não é qualquer coisa. Sou sensível, intensa, visceral... me entrego com amor ao meu trabalho, mas assistir ao show não seria um trabalho e sim um presente. Quando nos identificamos com um artista ele passa a fazer parte da nossa história e ver o Herbert cantando, tocando depois de tudo... definitivamente era mágico. Mas não ficou só nisso... Recebi um telefonema na sexta do SESC quase 7 da noite me convidando para entrar no camarim para conhecer os “meninos”, mas não como colunista e sim como uma fã, fiquei muda! Estava em meu ateliê e pensei vou levar algo de presente para o Herbert, mas o quê? Entre tantas esculturas e cerâmicas escolhi uma em especial, olhei, olhei e pensei: É esta! Minha agenda estava uma loucura, mas antes do show teria que cumpri-la é claro. Corri muito, e entre uma coisa e outra liguei para a minha amiga Marcela que também iria ao show e perguntei a ela se gostaria de entrar comigo no camarim a Má prontamente respondeu: É claro! Ficou eufórica como eu e ficamos de nos encontrar lá pois tinha os meus compromissos profissionais.Precisava estar no SESC às 22 h ... corri, o meu coração a mil por hora e quando cheguei para estacionar não encontrava um lugarzinho e estava atrasada.Enfim estacionei, e fui pegar o meu crachá pois mesmo não parecendo estava trabalhando... Chegou a tão esperada hora... ao entrar no camarim estávamos juntas eu, a Má e a Lucivânia, cumprimentei o Bi Ribeiro, o Barone e ao olhar para o Herbert fiquei extremamente emocionada, entreguei o meu presente ele abriu, sorriu e foi um doce... Mas por um segundo lembrei o quanto chorei e rezei na época do acidente para que Deus cuidasse dele... acompanhei todas as notícias e vibrava a cada progresso alcançado e agora eu estava ali olhando para aquele “mocinho” que venceu todas as barreiras e lutou com fé, força e determinação para viver e ser feliz.Olhou para min e pediu carinhosamente que depois do show eu voltasse, pois queria saber a minha opinião à respeito do show... eu respondi: Vai ser maravilhoso e muitos anjinhos estarão no palco iluminando para que tudo saia lindo.Foi MARAVILHOSO, as fotos que fiz ficaram lindas a minha emoção fez com que os meus olhos registrassem segundos mágicos dos meninos dos “Paralamas”. Não voltei ao camarim, pois como era da imprensa não pude voltar e muita gente desejava vê-lo, mas os anjos estavam lá com certeza, iluminando o palco... mas cantando e tocando um anjinho em especial: Herbert Lemos de Souza Vianna.Um anjo, com coração de menino e alma de um de um verdadeiro gigante.Maribel Santos.